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Desabafos da Mula

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos.

Desabafos da Mula

Presentes com amor: Minijardins da Sofia

Todos os anos por volta do Natal gosto de comprar um miminho para mim, uma espécie de prenda de Natal antecipada para me alegrar a alma. Este ano, e porque conheci a partir do Instagram os Minijardins da Sofia comprei um terrário para mim mesmo a condizer com a minha sala, que tem apontamentos de vermelho. Passem lá no Instagram da Sofia para verem uns miminhos para vocês, ou até para os vossos familiares e amigos. A Sofia é uma querida, muito simpática e faz cada terrário com muito amor e bom gosto, cada um é mais lindo que o outro. Por isso se estão fartos de oferecer sempre as mesmas prendas, pensem com carinho numa prenda diferente, belíssima e cheia de significado.

 

Vejam o meu, que bonito ficou junto aos meus amores livros, bem ali ao lado da minha bola de neve musical. Ficou um encanto!

 

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Vejam outros miminhos da Sofia:

 

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Digam lá que não é tudo um amor?

O hábito faz o monge

E porque hoje estamos a falar de carros...

 

Não gosto de conduzir. Nunca gostei. Tirei a carta porque dá jeito e apesar de nunca me arrepender de a ter tirado, a verdade é que fujo a sete pés do posto de condução, sempre que possível. Sempre fui assim. Sou das que prefere ir ao lado com os olhos postos na paisagem.

 

Quando tenho de conduzir não o faço com grande naturalidade, fico muito tensa, fico muito alerta, e isso sente-se nos meus músculos da cara, e nos ombros, essencialmente nos ombros. Tensos que doem. Se tenho de ir a um local que conheço bem não há grande problema, se tenho de ir a um local diferente causa-me alguma ansiedade, e fico logo a pensar "onde raio vou colocar o carro?" , "e se me perder?..." e outras questões altamente stressantes para a minha alma.

 

Apesar de tudo não me considero má condutora. Apesar de não conduzir a grande velocidade também não sou das que vai a 50km/hora na autoestrada, gosto de cumprir os limites, e só por distração - ou por impaciência - os excedo - a sério, gente do norte, vocês compreendem, é impossível circular a 50km/h na circunvalação, é simplesmente im-po-ssí-vel, não é compatível com o perfil da estrada, vocês compreendem, não compreendem?

 

Quem olhar para mim, até acho que passo a mensagem de que sou experiente e confiante ao volante. Não sou. Tenho carta há quase 9 anos, levo o carro para qualquer lado se tiver de ser, não faço grandes figurinhas, salvo raras exceções, mas acho que o facto de ser altamente impaciente - sou infelizmente um animal encartado - me prejudica, apesar de em situações extremas até conseguir manter o sangue frio. Já perdi o controlo do carro por duas ou três vezes devido a óleo na estrada e consegui manter o sangue frio para voltar a assumir o controlo do bicho, depois... Depois quando tomo consciência do que aconteceu é que é o problema, e parece que deixo de saber conduzir com tanto tique e tremelique.

 

Agora com o Mulo neste estado, não há outra forma, sou eu que ando com o carro para aqui e para ali, porque é mais prático, porque é mais rápido, ou apenas mais confortável. Verdade é que agora lhe começo a tomar o gosto, parece que conduzo mais confortável, com outra confiança.

 

Quanto tínhamos dois carros e eu conduzia com mais regularidade, fazia-o de modo mais descontraída, essencialmente se ia sozinha - não sei porquê adoro conduzir sem companhia - e levava o meu bolinhas para qualquer lado sem medo, até porque me dava a sensação de que o poderia quase colocar no bolso se precisasse. Agora com a carrinha a situação é diferente, ela é gigante, fico sempre com a sensação de que não vai caber nos lugares de estacionamento e que não vai virar em condições se for preciso fazer alguma inversão de marcha. Mas a verdade é que 6 dias seguidos a conduzi-la por obrigação me deu uma outra perspetiva e estranhamente estou a gostar de a conduzir, e não o faço por obrigação. No Domingo até fui para o trabalho de carro quando podia ir, como sempre, de comboio!...

 

Parece que sim, que sou só avessa a coisas novas e que depois de me habituar já não há problema. Mas atenção, continuo a não gostar de ir por locais que desconheço, ainda que o GPS embutido e sempre disponível, me dá uma sensação de tranquilidade do caraças! E odeio que me buzinem aos ouvidos enquanto conduzo... Ó se odeio!

Curtas do dia #470

Sabemos que estamos demasiado dependentes da tecnologia, quando o carro por alguma razão não liga os limpa para-brisas* automaticamente, começa a chover e ficamos desesperados por não saber como os ligar manualmente.

 

 

*O mesmo se aplica aos faróis... Ao cruise control... Estou com o carro em minha posse há menos de duas semanas, e já desativei tudo e mais alguma coisa sem saber como!... Modernices!

A Mula contra os moldes do voluntariado

A Mula tem uma opinião muito própria e formada sobre o voluntariado porque o voluntariado é coisa muito bonitinha, essa coisa do altruísmo é muito bonitinha, essa coisa do trabalhar gratuitamente e do se dar ao outro em troco de nada - a não ser em troca de currículo e de cartas de recomendação - é muito bonitinha, mas o voluntariado em Portugal, nos moldes atuais, não é voluntariado é uma moda que gera ainda mais desemprego, por isso voto contra, contra e mais contra.

 

Voluntariado a sério é ir para a Somália, é ir para o Burúndi, é ir para Guiné Bissau e para o Zimbabué. Aí sim, eles precisam verdadeiramente do voluntariado como da água para viver - literalmente. Aí sim, a palavra voluntariado existe no meu dicionário. Ir ensinar línguas para esses países, prestar auxílio ao nível da saúde, da educação e da alimentação a quem de outra forma não tem como adquirir. Mas aí... Esse nível de voluntariado exige outro nível de comprometimento. Muitos o ambicionam, poucos o concretizam. Eu confesso: Eu acho que não seria capaz.

 

Aceito também o voluntariado, em Portugal, nos bombeiros, o que seria de Portugal sem os nossos Bombeiros Voluntários! Aceito aqueles voluntários que anualmente vão limpar as matas e os riachos para impedir o pior. Aceito o voluntariado em associações em que não entra um cêntimo a não ser dos seus intervenientes, como é o caso das associações responsáveis pela alimentação e distribuição de refeições aos sem abrigo. Muitas dessas associações são apenas compostas por um grupo de amigos que querem ajudar, que nada pedem em troca e dão o pouco que têm a quem tem ainda menos. Sim, isto é verdadeiramente voluntariado, isto é altruísmo, isto é amor pelos outros e vontade de ajudar o próximo.

 

Quem despende uma ou duas horas por semana a prestar algum tipo de serviço de modo gratuito, para ajudar alguma associação que não possa efetivamente contratar alguém, é outra situação verdadeira de voluntariado. No entanto, não é isto que normalmente existe.

 

Aqui em Portugal essa coisa do voluntariado é belíssima mas muitas pessoas, essencialmente da área do social, não trabalham na área à custa dessa beleza do voluntariado, porque minha gente boa, se as instituições podem ter empregados de borla porque haveriam de pagar? Óbvio que não vão pagar, se podem simplesmente não pagar...

 

"Oh Mula, mas as IPSS são pobres, precisam de apoio!" As IPSS são pobres, precisam de apoio mas nós precisamos de pagar as contas, que caso contrário somos mais pobres e um dia precisaremos de recorrer a essas mesmas associações e a situação não melhora.

 

A verdade é que alguém que esteja afeto a uma associação 8 horas, nem que seja apenas dois ou três dias por semana, é trabalho, não é voluntariado. Acreditem, em muitas associações, instituições, ou o que lhe quiserem chamar, se quem faz voluntariado não o fizesse, estas teriam de contratar alguém - a não ser que o trabalho do voluntário seja de tal modo desnecessário, ou irrelevante - e se não tivessem fundos, ter-se-iam de mexer para angariarem novas formas de sustento, o que muitas das vezes não acontece. O que acontece, é que à custa dos voluntários, alguém mete dinheiro ao bolso - ou acham que os diretores técnicos são tão benfeitores que recebem apenas o salário mínimo para prestarem os seus préstimos aos pobrezinhos? - enquanto alguém que poderia ser contratado para o cargo, não o é.

 

Anualmente não sei quantas centenas de voluntários ajudam no banco alimentar. E sabem aquelas coisas maravilhosas que dão anualmente para lá? Lamento, mas muitos dos  bons produtos que o banco alimentar recebe, são distribuídos por quem não precisa... Por patrões e patrõezinhos das associações, e seus funcionários. O que já não querem e não presta, aí chega às famílias que realmente precisam, mas isso... Isso acho que não é segredo para ninguém nos dias que correm. Só continua de olhos tapados quem quer. "Oh Mula mas a Jonet até já veio a público dizer que nem ordenado ganha.. que é voluntária por uma causa!" Claro que é. Há tantas formas de se receber um salário sem que pareça como tal...

 

Adiante.

 

O mesmo se passam com os estágios curriculares. Muitas boas associações aproveitam-se das parcerias com as escolas e universidades para troca gratuita de trabalhadores, e depois não contratam ninguém para os cargos. Fantástico, trabalhadores gratuitos, os estágios nem são remunerados... A parte boa - #sóquenão - é que em muitos lados os tratam como funcionários da empresa e em vez de lhes prestarem o apoio que os estagiários necessitam - porque choquem-se: estão lá para aprender - exigem deles produtividade e competências como se de um normal funcionário se tratasse. E ninguém faz nada! E isto cresce... E cresce...

 

Tantas trafulhices e aproveitamento dos supostos voluntários, em associações e instituições conhecidas da nossa praça...

 

Um caso que me choca, é saber que numa grande Fundação portuguesa que recebe - sem na realidade necessitar - dinheiros públicos, ainda tem por vezes trabalhadores voluntários... As entradas para essa dita fundação são pagas a peso de ouro, os bolsos dos seus gestores estão cheios de dinheiro, e não podem, coitadinhos, pagar um salário a um pobre voluntário que vai para lá, porque depois é giro dizer que trabalhou nessa grande Fundação. Que bonitinho para o currículo! Que lindo! Continuem que estão bem. Adoro-vos!

 

Só dizer-vos e repetir-vos isto: Enquanto vocês trabalharem de borla, e trabalharem bem, o país não sairá da cepa torta, e os milhares de desempregados, continuarão desempregados...

 

Admiro-vos! #Sóquenão.

 

A sério, gente do voluntariado, pensem nisso. Vocês também devem ter contas para pagar... Ou terão um dia!

Semana 48 - Desafio 365 Fotos

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Esta semana foi de doidos, extremamente cansativa, precisava de mais braços, de mais horas, de mais energia, de mais... de mais... de mais... Por isso tenho estado bastante ausente da blogosfera, mas com o Mulo doente... Ainda fui trabalhar para outro lado até Sábado, e hoje volto à loja, e entre consultas e exames, assim vai ser a minha próxima semana, já antevendo que também não vai ser fácil.

 

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Foto 1- Para compensar as maleitas do Mulo, fiz-lhe um bolo de mel, laranja e canela para lhe adoçar a alma.

 

Foto 2- Na terça chegaram as fotos da sessão de solteiros que fizemos na véspera do casamento. Um cheirinho do que por aqui se fez.

 

Foto 3- Quarta-feira foi o primeiro dia do primeiro trabalho, foi também mais uma audiência do processo em que estou envolvida, precisei por isso de café, de muito café, de demasiado café!

 

Foto 4- E porque não há tempo para mais, as refeições destes últimos dias foram assim, há base de sandes rápidas. Provei o bagel com salmão e queijo creme da Pans: aprovadíssimo!

 

Foto 5- Brincadeiras da hora de almoço, de quem está com medo de adormecer enquanto descansa um pouco.

 

Foto 6-  Sábado, último dia da Exposição em que estive a trabalhar.

 

Foto 7- E finalmente chegou o último livro da Saga do Cemitério dos Livros Esquecidos de Carlos Zafón. Encomendei na terça-feira na Bertrand e na Sexta chegou à loja onde trabalho. Hoje finalmente está nas minhas mãos. Assim que terminar a minh'A Luz de Stephen King, leio o Prisioneiro do Céu, para atacar finalmente o Labirinto dos Espíritos. Aiii que ânsia!

 

E assim terminou... Acompanhem-me pelo instagram.

Eu agora sou mais eu!

Quando era miúda adorava os perfumes da coleção B.U. Bem me lembro que era grande fã da latinha amarela de seu nome Be Wild. São perfumes tipicamente de adolescentes com cheiros frescos e de curta duração.

 

 

O meu Calvin Klein acabou. Ando a queixar-me já há alguns meses que estava acabar a ver se alguém percebia... Esperemos pelo Natal a ver se alguém percebeu as minhas dicas! Até lá, e porque quero um perfume só para remediar, enquanto compro um "verdadeiro", regressei à adolescência e comprei o B.U. HeartBeat. Sinto-me adolescente de novo, agora já posso dizer que eu sou eu, porque o meu perfume me manda ser eu.

 

Não faz sentido? Pois é capaz de não fazer, mas pronto... A mim na altura fez-me todo o sentido, e o coiso até não cheira nada mal, só é pena ter demasiado álcool, mas que fica na roupa, fica. E... continuo uma eterna adolescente, até porque continuo apaixonada por estas latinhas!

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Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos. Mais do que um blog, são pedaços de uma vida.