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Desabafos da Mula

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos.

Desabafos da Mula

Isto vai soar mal...

... Mas eu não tenho culpa do nome que dão às coisas...

 

Ora bem... Aqui na loja vendemos broches - no sentido original da palavra - em cortiça está claro, e acreditem que há todo um mundo para lá do broche. É que pior que perguntarem:

 

Vendem broches? 

 

É o meu colega perguntar que tipo de broches procura e depois de perceber que é dos de cortiça que o cliente quer, dar-lhe mil e uma razões para doravante o cliente só utilizar a expressão alfinete de peito.  Eu não estava presente, eu estava a almoçar lá atrás e a ouvir as pérolas... Só vos digo, quase que ia ficando com um pedaço de frango atravessado na garganta de tanto rir...

 

 

Tenho um colega com um humor muito fora do normal... 

Museo Vasco Del Ferrocarril de Azpeitia

No final do mês de Junho, aquando da grande aventura, passei pelo País Basco e sendo o Mulo um grande fã do transporte ferroviário, passamos por Azpeitia e fomos visitar o Museo del Ferrocarril de Azpeitia que se situa no Valle del Urola e por isso encontra-se rodeado por uma paisagem verdejante incrível. Dá uma certa paz olhar em volta, uma certa nostalgia típica de uma terra que outrora foi servida pelo comboio e que atualmente já não o é.

 

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A linha ferroviária de Urola foi a primeira linha a ser eletrificada em Espanha, e este museu - aberto ao público desde 1992 - para além da antiga estação ferroviária, inclui também as antigas chocheiras e oficinas e uma central de transformação elétrica que datam o ano de 1925. É ainda possível ver, através de visita guiada às cocheiras, o funcionamento de um motor elétrico que movimenta um conjunto de correias fazendo trabalhar as máquinas das antigas oficinas, reproduzindo um cenário típico do século XX, fazendo as delícias de miúdos e graúdos. A animação por parte da guia é sem dúvida uma peça fundamental deste museu, porque conta o seu funcionamento como quem conta uma história.

 

 

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O edifício da outrora estação ferroviária de Azpeitia encontra-se imaculado, como se de uma estação atual se tratasse. No entanto a linha que ligava as várias povoações do Vale Urola, foi encerrada nos anos 80 e à semelhança do que aconteceu em Portugal ao longo dos anos, deixou as povoações deste vale sem transportes e isoladas. Hoje em dia existem serviços de transporte rodoviário que asseguram essas ligações, mas creio que o atual trajeto tenha perdido bastante encanto, mas claro, que eu sou suspeita para falar.

 

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O museu, segundo o site do próprio, possui uma das melhores coleções ferroviárias da Europa devido à grande variedade de material restaurado que possui, desde as máquinas mais recentes - elétricas e a diesel - às mais antigas, a vapor. É possível encontrar vagões antigos dos correios, de transporte de vinho, entre muitas outras peças antigas. Conta ainda com uma grande exposição de fardas e de relógios com o intuito de mostrar a evolução dos mesmos. Uma verdadeira viagem pela história do transporte ferroviário. 

 

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Um dos pontos que mais me encantou na visita a este museu é a animação do próprio. O museu conta com funcionários que recontam histórias através da roupa, das formas de interagir com o público como se tudo fosse uma peça de teatro em que nós, os visitantes também fazemos parte.

 

A história não poderia ficar completa sem a viagem num comboio histórico. Por ser Domingo, tivemos o prazer de realizar uma viagem de cerca de 30 minutos numa locomotiva a vapor entre Azpetia e Lasao, com direito a revisora trajada à época e bilhetes de cartão, antigos. Nos restantes dias, é habitual a viagem ser realizada numa automotora a disel - por vezes na portuguesa que outrora pertenceu à CP. Nesta viagem podemos uma vez mais encantarmo-nos com a paisagem que é verde e magnífica.

 

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A grande atração dos portugueses por este museu prende-se pela recuperação por parte da Fundacion Del Museo Vasco, da automotora a diesel portuguesa - que também realiza as viagens históricas - e de uma máquina a vapor portuguesa que também já pertenceu à CP, já que em Portugal, infelizmente, é mais fácil deixar morrer e apodrecer do que conservar. Esquecem-se é que conservar é o que permite manter a nossa história para mais tarde recordar e a prova disso é que este museu de Azpeitia atrai imensas visitas todos os anos.

 

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Vale a pena visitar e deixarem-se encantar!

Semana 35 - Desafio 365 Fotos

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Esta semana foi uma semana de #365Fotos cheia de batotas, mas iremos já ver isso de seguida. Apesar das batotices, foi uma boa semana, apesar de ser uma semana cansativa a nível de trabalho... É triste quando vemos os dias a ficarem mais curtos e não os poder aproveitar como queremos... E eu já saio de noite, do trabalho e isso confesso, deixa-me um tanto nostálgica. Acho que é o que menos gosto do inverno: os dias muito curtos.

 

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Foto 1- Foto antiga, tirada em Madrid a uma criança que brincava com os balões feitos pelo artista de rua.

Foto 2- De regresso à deita... de regresso às saladas. Que delícia esta, com camarão e salmão.

Foto 3- Finalmente chegou o meu rimmel da Miss Cop, e posso dizer, desde já, que estou muito satisfeita. É discreto mas deixa-me as pestanas com volume. Gosto muito.

Foto 4- A minha antiga carteira andava miserável... Foi dia de comprar carteira nova e apaixonei-me por esta da MiSaKo que acabei por trazê-la comigo.

Foto 5- Foto antiga também. Tirada no ano passado em Palma de Mallorca, em Can Pastilha. Grandes férias.

Foto 6 e 7- Fotos tirada ontem, domingo, no piquenique de família.

 

 

Já sabem, estas e outras fotos no instagram da Mula.

O perigo de não conhecer

Habitualmente, quando somos destacados na página principal do Sapo, é habitual recebermos comentários de pessoas que não nos seguem diariamente, e que apenas devido ao destaque visitaram o nosso blog. Recebemos por isso comentários de pessoas que não conhecemos e que não nos conhecem.

 

Às vezes esses comentários são bons, outros nem tanto. Mas a questão nem tão pouco se prende pela simpatia (ou falta dela) dos comentários, que isto é como quando se anda à chuva... Às vezes molhamos as botas velhas que têm um buraco à frente e molhamos os pés. Prende-se com o facto de muitos fazerem figuras de urso - literalmente - por acharem que conhecem a personagem que ali se encontra apenas com uma única publicação* e fazerem acusações - às vezes graves - de situações que não fazem nem ideia. Nem os seguidores habituais conhecem verdadeiramente quem se encontra atrás do pano, quanto mais esses Srs. Sabichões - modelos de perfeição - que aparecem vindos do nada, sabe-se lá porquê e com quem. A questão aqui nem é a ofensa, porque não ofendem se não servir a carapuça, mas tanta estupidez enerva-me e causa-me urticária. É como aquelas pessoas que têm medo de gastar os piscas da sua viatura, na estrada... Muitas vezes não temos nada a ver com isso, mas pronto, enervamo-nos porque nos fazem perder tempo. O caso é o mesmo.

 

Não deixo de me rir quando recebo acusações que não interiorizo porque não me pertencem. Mas é um riso nervoso, já me coçando toda, porque me fazem perder tempo e pensar numa resposta que os mantenha mais um bocado no blog para me ajudarem a ascender aos mais comentados do dia (#sóquenão). Já fui acusada de menina mimada, de pertencer a uma elite - ai quem me dera -, de arrogante - talvez um pouco, depende muito dos dias, sim? Perspicazes estes meus leitores - e até... Imaginem só... De ignorante. Está certo, se calhar ignorante sou bastante, vamos lá então riscar este último ponto da lista. Só me falta acusarem que ando no truca-truca com o sapo e vá lá, a sério... Zoofilia é que não, tudo menos isso, que eu não tenho Aires no nome e as relações incestuosas - já que sou parente próximo de qualquer animal - também não me seduzem que não ambiciono reproduzir uma versão mais indecente dos Maias.

 

Já sei que haters gonna hate e por aí em diante, mas não deixa de ser triste alguém dar-se ao trabalho de desatar ao estalo, só porque acordou com o pé de fora, só porque aquela publicação foi tida como uma ofensa pessoal - quando na maioria das vezes não o é - ou então porque simplesmente odiou... Acredito que aquilo que leva alguém a destilar ódio contra desconhecidos seja o mesmo que leva conhecidos a comentarem por bem... É no fundo, só e  apenas o querer conversar e discutir pontos de vista, mas... Sobre diferentes pontos de vista até porque dizem que todos têm direito à vida e à liberdade de expressão e tretas desse género. Não deixo de estar de acordo, mas também não assino por baixo.

 

Tudo isto para dizer a esses senhores (e senhoras, que esta coisa do ódio não escolhe sexos) apenas uma coisa: Não me atingem a alma... Só me atingem os nervos. Mas podem continuar a tentar, porque como me ensinaram entretanto, e dizem que devemos ouvir a voz da sabedoria: "antes que digam mal de mim que me ignorem!"

 

Mas agora a sério, eu estou a marimbar-me para aqueles que não vão com as letras que escrevo, mas há quem não seja assim... Há quem se melindre. É perigoso acusar quem não se conhece. E acho que ninguém quer viver com um suicídio ou outro na consciência.

 

P.S.: Fiquei agora a pensar naquela questão da elite... Acho que criar a Elite dos Pobres era excelente e iria levantar a auto-estima de muita gente. 

 

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*Leiam só mais três ou quatro publicações para fazerem o despiste, se for mais do mesmo aí têm a minha bênção para partirem para o insulto. Mas só e apenas nesse caso.

Curtas do dia #379

Hoje tenho um piquenique familiar, e como cantam os GNR "Adoro o campo, as árvores e as flores / Jarros e perpétuos amores / Que fiquem perto da esplanada de um bar / Pássaros estúpidos a esvoaçar. / Adoro as pulgas dos cães/ Todos os bichos do mato / O riso das crianças dos outros / Cágados de pernas pr'ó ar".

 

Adoro essencialmente aquela parte em que passamos mais de metade do tempo a afastar abelhas, mosquitos e aranhas da nossa sandes de panados feitas no dia anterior. #sóquenão

 

Se não aparecer mais por aqui, morri com um choque anafilático provocado por um inseto qualquer não identificado.

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Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos. Mais do que um blog, são pedaços de uma vida.